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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O que acontece com os maridos/ esposas?




Nas últimas semanas, recebi inúmeros e-mails de mulheres casadas, vivendo uma relação frustrada por falta da presença de seus maridos.
A questão é sempre a mesma — casamentos de meses, 2 a 3 anos, 12 a 20 anos — tem de tudo. E, a colocação é a mesma — Ele não tem mais interesse por mim. Não me procura. Não temos relações sexuais há meses ou anos. Conversamos e ele diz que está bem, que está feliz, que vai passar... Conversam de novo, até que um dos lados se sente menosprezado e deixa de "cobrar". Aí, adeus diálogo, adeus possibilidade de melhora.
De outro lado, recebo também e-mails desses mesmos maridos, dizendo que não sabem o que está acontecendo em suas vidas — mas que não têm "interesse" por sua mulher. Na maioria dos casos não têm amantes, não têm nada fora da relação, mas não têm desejo, ou melhor, não procuram suas parceiras, no dia a dia. Amam, gostam da relação, dos filhos do que construíram — no entanto, estão, assim, nessa fase - adormecidos. Em alguns casos, me parece que perderam mesmo o brilho no olhar. Não estão equilibrados, não se cuidam, deixaram de se amar...
Então, você que se sente rejeitado (a) pode fazer para não acabar de vez com a sua autoestima e sair dessa fase ruim e, quem sabe, mergulhar numa vida melhor a dois?
De novo, entendo que o diálogo ainda é o caminho mais curto. De fato, ele pode estar falando a verdade. De fato, o problema pode ser dele — emocional, físico, orgânico, não sabemos! Não dá para avaliar. Conheci um executivo que me confidenciou: Fiquei um ano sem procurar minha mulher — quando estava em fase de mudança de carreira. Ela teve depressão, foi terrível. Mas hoje estamos muito bem! Voltamos à ativa. Ela está bem. Fez terapia e acabou a depressão! Eu estou bem profissionalmente. Tudo resolvido.
Pois é, mesmo conversando, ela entrou em depressão. Achava que ele tinha outra fora do casamento, enlouqueceu de ciúmes e ele, sem perceber, contribuiu para a destruição do amor próprio da parceira.
Logo, o que fazer?! Essa é a pergunta que não quer calar e, saibam — vêm dos dois lados!
Não há mágica. Há, sim, o que cada um quer. Relacionamentos têm fases boas e ruins. Quando o compromisso é o mais importante, é exatamente, nesses momentos que muitos casais se fortalecem e seguem adiante.
Outros não têm muito clara essa questão do respeito, da responsabilidade, do comprometimento, da aliança. E, ao primeiro vento, saem por aí em busca de um terceiro para apimentar a relação.
Tudo isso são escolhas. E escolhas têm sempre um custo. O que precisamos aprender é que ficar ou sair, trazer o outro ou não, de fato, não é a resposta.
Meu convite é sempre: O que posso fazer por mim? Posso me tornar melhor, mais atraente, posso me amar? Posso me manter num porto seguro para quando o outro acordar? Posso buscar ajuda, sugerir terapia de casal, solicitar direcionamento espiritual? O que posso fazer?!
De fato posso tudo — ao invés de deixar que a situação se arraste por anos e aumente a frustração e a dor. Posso qualquer coisa para salvar minha relação, desde que o foco esteja voltado para minha autotransformação que pode, simultaneamente, impactar na transformação do outro. Este poderá ou não participar. Poderá ou não querer mudar e, quanto a isso, não há muito a fazer.  Talvez, tenhamos até mesmo que tomar uma decisão, uma atitude a nosso favor. A vida afinal não tem rascunhos. Se não está como queremos precisamos agir.
Como toda a relação é feita a dois, então, que assim seja na alegria e na doença. Por isso, lembre-se de convidar o parceiro para a mudança que quer ver na relação e que pode começar a dar sinais, de acordo com o movimento que começar a fazer.
Tudo isso ao final se torna parte do caminho de aprendizado. O bom é sempre saber que podemos sempre escolher o que nos faz bem, com base no respeito, na responsabilidade e no amor. Construir uma relação não é simples. Não é fácil. Mas, aqueles que conseguiram passar por esses momentos, vivem uma vida espetacular depois da crise, garantem. Conseguiram deixar as mágoas, no passado. Vivem a nova escolha. O aqui e o agora. Um dia de cada vez.
Agiram rápido. Movimentaram-se. Conversaram, pediram ajuda, iniciaram tratamento. Não se trancaram, não desistiram. Não buscaram reforço com outros de fora. E, isso faz a diferença. Relacionamento afinal é troca. É paz e, também, guerra. Tudo ao mesmo tempo... Você quer entrar? Então, mergulhe e esteja pronto para o melhor e o pior, e saiba como sair desses altos e baixos construindo uma nova relação, a cada dia.
Escolhas, sempre escolhas.
Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você — Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.
Fonte: www.coisasdoamor.com.br - Escrito por Sandra Maia 

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